segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Vídeo como fonte de Informação

Os vídeos nos dias atuais conseguem comunicar-se com a maioria das pessoas, diz Moran (1995), tanto crianças como adultas. Possuem um ritmo cada vez mais alucinante (videoclips). A lógica da narrativa não se baseia necessariamente no acaso, mas na continuidade, em colocar um pedaço de imagem ou história ao lado da outra. A sua retórica encontra fórmulas que se adaptam  à sensibilidade do homem contemporâneo. Usam uma linguagem concreta, de cenas curtas, com pouca informação de cada vez, com ritmo acelerado e contrastado, multiplicando os pontos de vista, os cenários, os personagens, os sons, as imagens, os ângulos, os efeitos.
Segundo o autor, as linguagens dos vídeos respondem à sensibilidade dos jovens e da grande maioria da população adulta. São dinâmicas, dirigem-se antes à afetividade do que à razão. O jovem lê o que pode visualizar, precisa ver para compreender. Toda a sua fala é mais sensorial-visual do que racional e abstrata. Lê, vendo.


A linguagem audiovisual desenvolve múltiplas atitudes perceptivas: solicita constantemente a imaginação e reinveste a afetividade com um papel de mediação primordial no mundo, enquanto que a linguagem escrita desenvolve mais o rigor, a organização, a abstração e a análise lógica. Isso facilitará o desejo de pesquisa nos alunos para aprofundar o assunto do vídeo e da matéria.
De acordo com Moran, o vídeo muitas vezes ajuda a mostrar o que se fala, a compor cenários desconhecidos. Um vídeo que exemplifica como eram os romanos na época de Julio César, mesmo que não seja totalmente fiel, ajuda a situar no tempo histórico. Um vídeo é capaz de trazer realidades distantes, como por exemplo, a Amazônia ou a África. A vida se aproxima através do vídeo.

REFERÊNCIAS

MORAN, José Manuel. O Vídeo na Sala de Aula. Revista Comunicação & Educação. São Paulo, ECA-Ed. Moderna, [2]: 27 a 35, jan./abr. de 1995.






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